Dizem que o poder vicia e muitos gostam da posição de comandando. As imagens mostram como eram estas pessoas ao assumirem o poder e como estão agora.
Quando surgiram os boatos há algumas semanas atrás de que Carla Bruni estaria traindo seu marido com seu amigo íntimo, o cantor Benjamim Biolay, a imprensa francesa quase não citou o fato, enquanto a mídia internacional chafurdava na lama do sensacionalismo boateiro sobre o possível affair da 1ª dama francesa.
Talvez estivesse cansada de ter de ficar atrás em aparições públicas por ser “muito alta” e estivesse procurando alguém do seu tamanho. O complexo de Sarkô com sua altura, ínfima, faz com que sua assessoria selecione apenas pessoas de baixa estatura para permanecerem ao seu lado em ocasiões públicas e por isso nos parágrafos seguintes tentarei não brincar com essa deficiência que tanto o incomoda.
Sarkozy tira a Burca.
Me preocupo muito com as intenções do Oompa-Sarkosy-Loompa tentando fazer passar essa lei para o banimento da Burca em locais públicos alegando ferir um dos 4 pilares da República: a laicidade. Para mim, isso fere outros 2 pilares, aqueles da Liberté e égalité lembram?
Alguns fazem comparações absurdas com a retirada dos crucifixos das paredes de escolas; ora, não lembro de nenhuma parede vestindo burca, mas pessoas em escolas usando crucifixos tem de montão na França.
Enquanto Pigmeu Sarkozy alega que a Burca não é um “símbolo religioso” e sim “um símbolo de subserviência contra as mulheres”, eu acho este projeto de lei uma medida de coação à liberdade de crença e dos costumes. Muitas dessas 2 mil mulheres usam por que querem e acreditam na importância de acordo com sua crença e não por coação de seus maridos. Acredito que salto-alto, modelos magérrimas, gostosas da cerveja e transtornos alimentares são muito mais opressivos do que a Burca.
Vejo com muita inquietação o Liliputiano Sarkozy tomando medidas que multiplicam o já crescente preconceito que destila o ranço da exclusão, o sentimento de ódio e rancor, nocivos ao direito e a vida de povos como os árabes e me fazem pensar: o que virá depois?
Deveríamos nos ocupar com o respeito às etnias, às raças, como extensão natural de uma boa convivência que promova a paz e não com os estereótipos, os hábitos de julgamentos ou falsas generalizações.
A tentativa de cerceamento através da força demonstra a imaturidade que prenuncia uma tensão ainda maior nas relações entre os povos de diferentes tradições e línguas e reforça uma lei imutável: a força do relativismo cultural.
Abaixo aos Ray-Ban Retrô!
Alguns alegam questão de segurança devido à dificuldade no reconhecimento imediato da identidade de uma pessoa com a Burca. Seguindo esta linha de pensamento deveríamos, então, abolir os Burca-Cars, aqueles plásticos escuros que colocamos nos vidros dos carros para evitar assaltos (eventualmente usados em assaltos). Os capacetes de motocicleta também deveriam ser proibidos pelo mesmo motivo. Se faz, também, urgente a proibição do uso público de óculos de sol simplesmente por que não consigo perceber as reais intenções de uma pessoa sem olhar para seus olhos(em particular estes horríveis Ray-Ban estilo retrô que estão na moda). 
Ora, façam-me o favor. Uma pessoa de Burca não fica invisível como se usasse a capa do Harry Potter. A não ser que seja verde e esteja num jardim que poderia ser facilmente confundida com uma moita.
O que está por trás da Burca?
Serei direto:
Querem tirar a burca das mulheres muçulmanas e colocar nas “merdes” do governo Sarkozy pra ninguém enxergá-las.
Neste quesito a estratégia do governo do Gnomo Sarkozy é muito eficaz e parecida com vários outros, inclusive o brasileiro. Criam uma questão que certamente provocará grande alvoroço popular e todos ficam felizes. A mídia que vende muito jornal; o povo que tem um assunto realmente interessante pra discutir e se engajar.
Olhamos para o piolho na cabeça do monstro e esquecemos o monstro.
Tiram a burca delas e colocam na taxa de aprovação em queda livre nas últimas pesquisas de opinião. Sarkozy passou a ser criticado entre seu eleitorado tradicional da direita e membros de seu próprio partido.
Tiram a burca delas e colocam numa das piores crises econômicas dos últimos anos. A França se viu palco de uma onda de greves e manifestações que tomou conta do país.
Tiram a Burca delas e colocam no flagrante caso de nepotismo em que seu filho, que sequer terminou a faculdade de direito, assumiria a direção da agência EPAD (Estabelecimento Público de Urbanismo de La Defense).
Tiram a burca delas e colocam nas promessas de campanha não cumpridas. Como o aumento do poder aquisitivo da população.
Tiram a Burca delas e colocam sobre os 20 bilhões de Euros perdidos pelo governo ao auxiliar os bancos há 18 meses em vez de vincular este auxílio a uma participação em seu capital, que poderia ser vendido posteriormente.
Enfim, tiram a Burca delas e colocam em 3 milhões de pessoas atualmente sem emprego. A França enfrenta hoje o maior nível de desemprego das últimas décadas.
Parabéns Sarkozy, e mande lembranças a Branca de Neve.
Algumas deveriam ser forçadas a USAR a Burca.
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2 comentários:
Ouvi dizer que a Brunita está querendo pular fora do barco porque além da estatura ele também tem Sacozinho, rs. Mas enfim, concordo plenamente com vc. Onde foi parar a Liberté apregoada pelos franceses? Essa é só mais uma forma de reprimir os imigrantes que continuam costruindo a Europa. A taxa de natalidade é baixa entre os europeus. Eles não sabem que o futuro do continente está na miscigenação.
Gostei do teu pensar. Au Revoir!
Caro Ivan, obrigado pela visita ao meu site. Passei por aqui e quero lhe parabenizar pelo trabalho. Ótima abordagem das Relações Internacionais pelo ângulo do humor.
Abraços,
Márcio Malta
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